
"Eu comecei tinha a idade de uns 07 a 08 anos, desde criança que a minha mãe me ensinou, naquele tempo a gente não tinha bolsa família, não tinha nada, vivia de fazer isso e vender na feira e assim me criei e estou até hoje, eu tô com 62 anos e não consigo parar de fazer, e amo, gosto do meu trabalho, ô eu adoro, a coisa que eu mais adoro na minha vida é isso aqui, só que dá um pouquinho de trabalho, todos os sábados vou pra minha roça tirar as pindobas , colocar pra secar, lascar, amaciar depois tecer, despenar tudinho e costurar, é um trabalho meio cumprido, mas eu adoro e amo meu trabalho". explica Adélia.
Mãe de cinco filhos a artesã conta que a renda adquirida com a venda dos produtos que ela faz, como bolsas, chapéus, bocapiu, esteiras, centro de mesa, descansador de panelas entre outros foi o que ajudou a sua família.
"Esse trabalho ajudou bastante minha família por que anos atrás a gente trabalhava em motor de sisal ganhava pouquinho, quando eu saia do motor completava o resto da semana fazendo minhas esteiras, meus bocapiu, meus chapéus e vinha vender na feira, ai já inteirava o trocadinho". recordou.
Segundo Adélia o tempo médio para produzir uma esteira é de 15 a 30 dias a depender do tamanho e do modelo, em uma pequena barraca na beira da rodovia em Valente a artesã exibe seus produtos e aproveita para costurar as esteiras e fazer o acabamento de suas peças, com isso ela vai comercializando para quem passa por ali.
"Enquanto eu tiver vida e força e Deus me der coragem eu continuo o meu trabalho, por que eu nunca me canso, parece que é um dom dado por Deus, eu amo meu trabalho". Concluiu.
Uma consideração do autor:
É muito importante que os pais incluam seus filhos nas atividades que realizam, incentivem a estudar e acompanhem em todos os processos da vida para que aprendam o que é bom, para que assim como dona Adélia seus filhos sintam amor pelo que faz, por mais simples que seja a profissão.
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