Amor, otimismo, superação e arte é o que move a valentense Bete.

Mateus e Elizabete

Há cerca de 10 anos a senhora Elizabete Araújo dos Santos, de 56 anos, residente no município de Valente-Ba, convive com uma limitação física, devido as complicações causadas pelo diabetes ela perdeu a visão de um dos olhos  e teve que amputar um pé, mas isso não a impede de viver otimista.

“Eu fiquei só com um olho e ainda não enxergava quase nada, tive que fazer a cirurgia de catarata, melhorou um pouco ai comecei a frequentar o grupo dos idosos e lá aprendi a fazer o bordado de vagonite de fita, depois tive um problema no pé e tive que amputar, passei 19 dias no Hospital Roberto Santos em Salvador, mas depois de um tempo voltei a frequentar o grupo, e hoje faço meus bordados em casa”, relatou Elizabete.

Há dois anos Bete como é carinhosamente conhecida, borda toalhas e panos de pratos  e diz que não pretende parar, pois esse trabalho e a integração no grupo dos idosos que frequenta, tem ajudado ela a não se concentrar nos problemas.  “não é nem tanto por vender, mas fazer os bordados me ajuda muito, por que ocupa minha mente e esqueço de tudo”, declarou.

Durante essa jornada Bete tem encontrado apoio no grupo dos idosos e principalmente na sua família, ela tem uma filha e é casada há 16 anos com  Mateus Faustino da Silva, de 60 anos, que demonstra ter muito orgulho e uma grande admiração por sua esposa.

“Acho que só a morte vai nos separar mesmo, peço a Deus saúde para cuidar mais dela e melhor. Bete é mais guerreira do que eu por que diante de tanto problema de saúde ela sempre diz que tá bem, acho que ela ainda tá viva por causa do otimismo que tem e depois que começou a fazer esses bordados melhorou 70%”, afirmou Mateus.

O otimismo de Bete é realmente contagiante e para seu esposo Mateus ela é uma motivação. “isso me motiva muito, por que eu tenho qualquer besteirinha penso que tenho grande coisa, mas diante do que ela tem e só anda rindo, é muito bom me dar muito mais prazer de cuidar dela”, concluiu.